Bombeiros de Maringá e de outras cidades da região participaram de uma atividade intensa na noite desta quinta-feira (21) na Zona 10, em Maringá, na qual foi feita a simulação da explosão de uma indústria, que afetaria prédios de quatro quarteirões ao redor. O grupo de 42 bombeiros trabalhou por 12 horas seguidas na busca e no resgate das vítimas sob escombros e com o risco – controlado – de desabamento.
Segundo o tenente Ander Feijó, todos os participantes foram considerados aptos a atuar em situações assim. O simulado faz parte do curso de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (Brec), do qual 15 bombeiros de Maringá participam. O objetivo é capacitá-los para atuar em situações em que há riscos de desabamentos, vítimas entre ferragens e debaixo de escombros. “São ocorrências como essa que a gente teve no México (atingido por fortes terremotos) ou casos de bombardeios, como acontece na Síria e como aconteceu nos Estados Unidos dia 11 de setembro ou uma explosão em uma indústria, uma empresa, em que há vítimas debaixo dos escombros. A gente precisa de um trabalho diferenciado, especializado, porque o risco de acontecer um desabamento da estrutura em colapso, com certeza está presente”, diz Feijó. De acordo com o tenente, o curso liberado pelo Governo do Estado busca formar uma força-tarefa para atuar em possíveis situações desse tipo no Paraná. “Se houver uma ocorrência como essa, as equipes especializadas de cada cidade vão para o local para ajudar nos trabalhos”, explica.
A necessidade da capacitação, para Feijó, é evidente, pois, na visão dele, quando não há o treinamento, o atendimento é feito de forma empírica, “às vezes, até intuitiva”, mas são situações que exigem muito fisicamente, emocionalmente e intelectualmente do profissional e por isso precisam ser testadas. “É bem desgastante, porque temos que carregar concreto, transportar vítimas e é uma situação que tem riscos específicos. Além disso, trabalhamos em espaços limitados, onde as nossas ferramentas não cabem, há um desgaste psicológico também, porque é um ambiente fechado e extremamente perigoso. Para trabalhar 12 horas em um local assim, é preciso preparação. Tivemos durante o curso teórico, que começou na segunda, atividades para preparar os bombeiros psicologicamente para essas situações”, relata.
Com o simulado, encerra o treinamento de uma semana em Brec. Na semana que vem, o grupo inicia a capacitação e depois fará o simulado da Prática de Salvamento em Águas Rápidas.
Informações O Diário