O ex-prefeito de Paiçandu, o professor e psicólogo Tarcísio Marques dos Reis foi denunciado em 15 de março pelo Ministério Público do Paraná por integrar uma organização criminosa que causou prejuízos de ao menos R$ 3 milhões (sem correção), através de licitações fraudadas, entre 2013 e 2018; Tarcísio foi prefeito por dois mandatos, pelo PT. O caso foi investigado pelo Gaeco na Operação Megabyte, que apontou que servidores públicos e empresários estavam envolvidos em fraudes em licitações, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, peculato e etc.
Entramos em contato via mensagem de whatsApp com Tarcísio e ele nos informou que; “Segundo nossos advogados, não recebemos nenhuma notificação oficial sobre o assunto, assim que estivermos notificado sobre o teor exato do assunto faremos todos os esclarecimentos necessários, tanto à justiça, quanto a nossa população paiçanduense” afirmou o ex-prefeito.
Outras 13 pessoas foram denunciadas, entre elas; Alessandro Felipe Alves Kotsifas (então Secretário Municipal De Planejamento), Elza De Miranda Rosada (então Secretária Municipal De Administração), Márcio Da Silva (então Secretário Municipal De Finanças), Rafael Alexandre Dos Reis Ferreira (então Chefe Do Setor De Informática) E Wanderson Prieto Arias (então Chefe Do Departamento De Controle Administrativo, Lotado Na Divisão De Licitação). Os empresários, Luiz Cláudio Fachini, administrador da empresa WP Do Brasil Suplementos Para Informática Ltda, sediada em Mandaguari-PR. Jean Silva Arruda, sócio (apenas de Direito) da empresa (nome fantasia “Completta Agência Digital”), sediada em Paiçandu. Reginaldo Todon Garcia, sócio-administrador das empresas Everest Informática (Garcia & Coimbra Ltda) E Comercial Santos Dumont Ltda, ambas com sede em Paiçandu. Everton Coimbra Augusto, funcionário de Reginaldo, e Elton Coimbra Augusto, sócio único (de direito) da empresa denominada Comercial Paiçandu Equipamentos Eireli, também sediada em Paiçandu,
Para o promotor Pedro Ivo Andrade, que detalha os procedimentos criminosos em 117 páginas, licitações realizadas pela Prefeitura de Paiçandu e envolvendo os membros da organização criminosa superaram o valor de R$ 3 milhões, e as conversas registradas nos celulares dos investigados revelam a existência dos atos delituosos. A palavra “propina” aparece 39 vezes na denúncia encaminhada à 2ª Vara Criminal de Maringá, onde 14 pessoas são acusadas ainda de fraude a licitação, peculato, corrupção ativa e passiva. A acusação é que o ex-prefeito Tarcísio Marques dos Reis teria recebido propina mensal de R$ 5 mil reais em razão de favorecimento à WP do Brasil. De acordo com a denúncia, havia intermediador e operador financeiro do esquema, que resultou em cerca de R$ 340 mil em propina repassados ao ex-prefeito pelo empresário Luiz Claudio Fachini.
O Ministério Público Estadual pediu o enquadramento dos denunciados em vários artigos do Código Penal e da Lei de Licitações . Para o ex-prefeito, pena de 4 a 8 anos por organização criminosa, além do enquadramento em fraude em licitação, e 11 outros delitos em vários artigos do CP. Pede-se a devolução de R$ 203.900.00 em favor da União e o valor mínimo de R$ 421.557 em por danos causados aos cofres públicos. Os servidores denunciados foram exonerados de seus cargos. Todos os valores pendem de atualização.
Com Informações angelorigon.com