A Câmara de Curitiba aprovou na terça-feira (10) uma proposta para dar o nome da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, a um jardinete no bairro Fazendinha. Bailarina, produtora de dança e de teatro, ela foi estrangulada e estuprada em uma cachoeira, no dia 25 de janeiro, em Mandaguari, norte do Paraná.
A proposta da vereadora Maria Leticia (PV) foi aprovada por unanimidade. “É uma homenagem simbólica à Magó, mas sobretudo é uma forma da gente continuar enfrentando a violência covarde, desumana, contra todas as mulheres”, justifica a autora. “Estamos vivendo uma crise ímpar do crime contra a mulher”, complementa. O jardinete, avalia, poderá ser “símbolo de luta e resistência”.
O pai de Magó, Maurício Borges, estava na sessão. Ele agradeceu manifestações de solidariedade feitas em diversas cidades brasileiras e em outros países, como Santiago, no Chile.
Os homens, avalia, “deveriam ter vergonha” dos índices de feminicídio”. “A Magó sempre foi uma feminista conciliadora”, continua. “Este meu trabalho [de combate à violência contra a mulher] nunca mais vai parar. Quero chegar um dia onde eu e minha mulher não sejamos penalizados por ter deixado minha filha ir sozinha à cachoeira. Quero chegar um dia em que toda mulher seja livre para fazer o que bem entender. Em que todas as mulheres não dependam de casar com um homem para ter vida. Que possam escolher a profissão que bem entender. Este é o legado da Magó. Nenhum a menos, Magó presente”, conclui.
Fonte Ric Mais