Após trinta e dois (32) dias da morte da bailarina Maringaense Maria Glória Poltronieri Borges de 25 anos, carinhosamente chamada pelos familiares e amigos próximos, de Magó, o principal suspeito de ter estuprado e na sequência assassinado a bailarina com requintes de crueldade, foi preso na manhã desta sexta-feira (28) na cidade de Apucarana (70km de Paiçandu). Flávio Campana de 40 anos, é conhecido pelo apelido de “frajola” e já tem histórico de estupro. No início das investigações entorno deste caso considerado complexo, esse suspeito prestou depoimento a polícia civil.
Desde o começo dos trabalhos investigativos, o homem preso era tratado pelas autoridades policiais de Maringá e Mandaguari, como o principal suspeito de ter cometido essa barbárie. O acusado teve o material genético coletado para a realização de exame, e recentemente foi ouvido pelos investigadores, e teria entrado em contradição. Ontem (quinta-feira/27) no período da tarde saiu o resultado deste exame, que deu positivo comparado ao material
coletado da vítima.
Diante dessas provas, nas primeiras horas da manhã de hoje, policiais civis da Divisão de Homicídios de Maringá, chefiados pelo delegado Diego Elias Almeida e investigadores da cidade de Mandaguari, comandados pelo delegado responsável pelas investigações, Dr.Zoroastro Nery do Prado, prenderam o suspeito de ter violentado sexualmente e na sequência estrangulado a bailarina que morreu na área rural de Mandaguari. Em seu desfavor há um mandado de prisão temporária (30 dias), que poderá se tornar de forma preventiva.
O CRIME
O crime ocorreu no dia 26 de Janeiro, um domingo. Magó residia em Maringá e era amante da natureza. No dia 25/01, ela foi até uma chácara situada as margens da PR444 para acampar e aproveitar a natureza. Após deixar a filha na área rural de Mandaguari, a mãe retornou a Maringá com a promessa de no domingo as duas se encontrarem novamente para o almoço. Mas infelizmente no início da tarde do dia 26, a mãe e uma irmã, foram até o local para buscarem a moça, e a encontraram morta em meio à uma trilha, a poucos metros de uma cachoeira conhecida como Massambani. Os órgãos competentes foram acionados e após os procedimentos de praxe terem sido
concluídos na cena do crime, o corpo da jovem foi removido e encaminhado ao IML de Maringá. No Instituto Médico Legal, os exames apontaram violência sexual e estrangulamento como causa da morte.
A polícia civil montou uma força tarefa para esclarecer este crime o quanto antes. Nesse período as polícias Civil de Maringá e Mandaguari colheu depoimentos de mais de 50 pessoas entre testemunhas e suspeitos. Todas elas estiveram na cachoeira e algumas viram a bailarina e até conversaram com ela. A morte de Maria Glória ganhou repercussão em todo o país. Magó era referência em Maringá na área da Cultura. Além de bailarina e capoeirista, ela era estudante universitária. Magó foi cremada em uma cerimônia reservada aos familiares e amigos. Alguns dias após o crime, foram organizados dezenas de manifestos e protestos em várias cidades do país, pedindo o fim da violência contra a mulher.
A família sempre acreditou e confiou no trabalho da polícia civil. Maurício Borges, pai da bailarina, sempre falava em suas entrevistas concedidas a imprensa de uma forma em geral, que tinha conhecimento que se tratava uma investigação complexa, mas estava confiante no trabalho da polícia e que não tinha dúvidas que a polícia iria colocar atrás das grades o responsável por ter praticado essa monstruosidade com sua filha de 25 anos.